Promotoria afirma que aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) destrave a investigação da Dama de Espadas para que o Ministério Público do Rio Grande do Norte promova as responsabilizações criminais devidas
Por Redação/portal no ar

Após divulgação dos áudios de conversas
entre o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, e a ex-procuradora da
Assembleia Legislativa Rita de Mercês, suspeita de desviar mais de R$ 5
milhões da Casa em esquema com os cheques-salários, os procuradores de
defesa do patrimônio público divulgaram nota na qual negaram qualquer
interferência de Rinaldo nas investigações.
Confira a nota na íntegra:
Os Promotores de Justiça com atuação
na área do Patrimônio Público, que participaram da investigação e da
deflagração da Operação Dama de Espadas, Keiviany Silva de Sena, Paulo
Batista Lopes Neto, Hayssa Kyrie Medeiros Jardim e Hellen de Macedo
Maciel, diante do que foi noticiado na imprensa nesta terça-feira (5 de
janeiro de 2016) sobre uma suposta procrastinação da deflagração da
Operação Dama de Espadas, manifestam-se nos seguintes termos:
1) A data da deflagração da operação
Dama de Espadas foi decidida única e exclusivamente pelos signatários
desta nota após as devidas autorizações judiciais, quando as diligências
necessárias, documentadas no processo, foram concluídas;
2) Nunca houve qualquer
interferência do Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, no
andamento da citada operação; a lisura da operação é atestada pelo êxito
das buscas e apreensões e prisões, em ambiente de total surpresa para
os investigados.
3) Lamentamos profundamente que, em
uma matéria tratando de uma suposta interferência do Procurador-Geral de
Justiça no trabalho dos Promotores do Patrimônio Público, os veículos
de comunicação noticiantes tenham deixado de ouvir exatamente as pessoas
que poderiam esclarecer se houve ou não essa suposta interferência, nós
os Promotores do Patrimônio Público.
4) As matérias são ofensivas ao
Procurador-Geral de Justiça e aos Promotores do Patrimônio Público. Se o
PGJ tivesse interferido, significaria que nós os promotores teríamos
admitido essa indevida interferência, procrastinando a deflagração da
operação; e nós repudiamos qualquer ilação nesse sentido.
5) A Promotoria do Patrimônio
Público aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) destrave a
investigação da Dama de Espadas, que foi suspensa pelo Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), para que o Ministério Público do
Rio Grande do Norte promova as responsabilizações criminais devidas.