Macau e a política do "foi Dirce que disse"
A novela da terra do sal, no melhor estilo “foi Dirce que disse”, começou quando o empresário Juliano Jerônimo Lima da Silva, representante da Organizacional Assessoria e Associados, entrou em contato com pessoas ligadas ao Gestão Kerginaldo Pinto e afirmado, segundo postagens na Net, que o vice-prefeito Einstein Barbosa supostamente teria usado sua empresa para se beneficiar de contrato com a prefeitura de Macau. Juliano Jerônimo teria chegado até o Executivo através do Secretário de Finanças e Compras, o senhor Edson Silveira, que o teria levado até o prefeito de Macau para receber pagamentos pendentes.
A empresa de Juliano emitiria notas fiscais e receberia quantia de R$ 1,500, 00 por nota paga no valor de R$ 40 mil. Segundo a denúncia, isso teria acontecido há cerca de três meses.
No WhatsApp, o empresário postou que não havia recebido pagamento algum e, o que é pior, a assinatura atribuída a ele para recebimento de pagamentos seria falsa.
Estaria envolvido também, segundo o empresário, o então secretário de Tributação do município – ele teria sido indicado para o cargo pelo vice-prefeito e o próprio Juliano seria o encarregado de sacar o pagamento realizado pela prefeitura e repassa-lo ainda dentro da agência bancária ao então secretário. Segundo o que circula na Internet, Juliano teria afirmado:
“Einstein e Leandro simplesmente sumiram, não me conhecem mais. Hoje estou com dívidas e prejudicado, sem poder trabalhar com a impossibilidade de emitir certidões. Na última nota nem o imposto me passaram, a partir daí não vi mais esse povo e agora espero receber o combinado, pois estou com muitas dificuldades financeiras.”
O prefeito Kerginaldo Pinto, segundo comentários, irá denúncia ao Ministério Público para que a promotoria investigue a denúncia do suposto envolvimento do empresário Juliano Jerônimo, o vice-prefeito e os secretários citados.
O que diz o vice- prefeito
Em uma nota que circula na internet – atribuida supostamente ao vice-prefeito Einstein Barbosa -, o vice-prefeito teria escrito que seria o próprio prefeito Kerginaldo Pinto quem faz as contratações.
“Se existe algum esquema no contrato, dentre tantos outros que são investigados na Prefeitura de Macau pelo Ministério Público, o prefeito é quem deve responder, ao invés de acusar terceiros. O prefeito está desesperado com a possibilidade de afastamento judicial e resolveu me atacar pessoalmente, mas tomarei todas as medidas judiciais cabíveis para esclarecer o caso”.
O vice-prefeito afirma que o prefeito Kerginaldo Pinto teria armado para ele:
“Com relação aos áudios, o prefeito prometeu dinheiro ao contratado para me envolver no assunto. O próprio contratado enviou um áudio para um assessor do prefeito, cobrando pelo acordo feito para me acusar. O mesmo assessor acabou me passando o áudio e informando como tramaram tudo e quem participou. Serão todos processados!”
Ele ainda questiona a veracidade da foto do documento postado pelo empresario:
“A respeito da suposta falsificação da assinatura do contratado. A assessoria do prefeito expõe apenas o campo das assinaturas, sem sequer informar que tipo de documento se trata. Eu desafio o prefeito a apresentar o original do documento para ser feito exame grafotécnico.”
E outra acusação grave contra o prefeito de Macau é feita na nota, atribuida supostamente ao vice-prefeito, dando a entender que falsificação de documentos não seria novidade alguma por parte do atual prefeito:
“Adianto que o prefeito Kerginaldo Pinto já está respondendo por falsificação de documento público, quando emitiu portaria com data retroativa para tentar se desvencilhar da operação Máscara Negra (superfaturamento de bandas), esquema que ele também está sendo investigado relativo aos anos de 2013 a 2015.”
E o ‘grand finale':
fonte : blog do alto“Eu sempre tratei dos assuntos relacionados à gestão do prefeito Kerginaldo Pinto através da via investigativa judicial, pois sou advogado e trabalho com provas, ao contrário dele, que compra falsos delatores. Tenho tudo devidamente documentado e registrado no Ministério Público Estadual e Federal, Tribunal de Contas do Estado e da União e Polícia Federal. O tempo e a Justiça se encarregarão de esclarecer os fatos e calúnias.”“Quando os maus estão no poder, o crime aumenta; mas as pessoas honestas viverão o suficiente para ver a queda dos maus. Provérbios 29:16…”
