Cunha, que ainda não era presidente da Câmara, também discute com
Pinheiro emendas a medidas provisórias em tramitação no Congresso e
sobre projetos de lei de interesse da empreiteira. O atual ministro do
Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que foi presidente da Câmara, é
citado nos diálogos também como beneficiário de repasses da OAS com fins
eleitorais. As citações a Alves fizeram a PF dedicar um capítulo do
relatório a explicar quem é o “Henrique” das conversas, com a reprodução
dos trechos.
Uma das mensagens mais emblemáticas mostra essa conexão entre os três
— Pinheiro, Cunha e Alves — e a intensidade dos pedidos de dinheiro
feitos pelo presidente da Câmara: “Vc resolveu só metade Henrique ontem,
esqueceu de mim? Rsrs”, questiona Cunha a Pinheiro, por mensagem de
celular, em 14 de agosto de 2012. “Me dê um tempinho. O nosso pessoal
fez uma programação que não tinha visto”, responde o empreiteiro, duas
horas e 40 minutos depois.
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